Entrevista a
Giacomo Mazzariol
sobre a obra
Mio Fratello rincorre i dinosauri
Francesco Bogoni: Foi fácil escrever este livro? A
escrita foi rápida e instantânea ou passou por longos momentos de reflexão?
Giacomo
Mazzariol:
A parte mais difícil desse livro foi convencer-me a escrevê-lo. Quando o vídeo
“The Simple Interview” se tornou
famoso e a editora Enaudi me pediu para escrever esse livro, levei seis meses
para dar o meu acordo, porque no início não estava muito convencido a fazê-lo.
Mas quando o comecei a escrever, não foi assim tão difícil porque tudo estava
na minha cabeça, lembrava-me de muitos momentos da minha vida, senti apenas
algumas dificuldades a meio do livro porque não sabia como prosseguir a
história, mas depois voltei a escrever com facilidade.
Francesco
Bogoni: Porque
escolheste o registo autobiográfico para o livro em vez da ficção? Retomaste
toda a tua vida fiel à realidade ou modificaste às vezes os acontecimentos?
Giacomo
Mazzariol: O
livro é um romance autobiográfico, o que é que isso significa? O meu objetivo
era fazer entender as emoções que vivi e senti ao longo do tempo. Uma
autobiografia conta exatamente tudo o que aconteceu, um romance autobiográfico
prefere concentrar-se no percurso psicológico. Então, algumas cenas foram obviamente
inventadas, mas somente quando foi necessário explicar as minhas verdadeiras
emoções. Por exemplo, a cena que nos inclui como família, aquela aonde estás,
não correu exatamente como narrada, mas lembro-me que muitas vezes o Giovanni,
naquele período, tinha a mania de brincar com os dinossauros e às vezes,
enquanto brincava, não nos ligava nenhuma, ausentava-se. Por isso, condensei
esta lembrança com outras anedotas ocorridas entre nós numa única cena, para
que o leitor compreendesse a ideia essencial.
Francesco
Bogoni:
A redação desse livro permitiu analisar de novo os atos passados da tua vida?
Giacomo Mazzariol: A redação do livro fez-me
reviver cada momento que descrevia, era como rever o filme da minha vida. O bom
era que o passado se misturava com o presente, ou seja, as anedotas que vivia
durante o dia eram escritas no livro adaptando-as a situações que não lembrava
muito bem no passado. Foi uma grande experiência!
abril de 2017
O vídeo que deu origem à redação do livro e que é referido na entrevista é este:
Version française de l'entretien avec l'écrivain Giacomo Mazzariol:
Francesco Bogoni : Fut-il facile d’écrire ce livre ? L’écriture fut rapide et instantanée ou tu es passé par de longs moments de réflexion ?
Giacomo Mazzariol : La partie la plus difficile de ce livre fut de me convaincre de l’écrire. Quand la vidéo “The Simple Interview” devint célèbre et la maison d’édition Enaudi me demanda d’écrire ce livre, j’ai mis six mois pour donner mon accord, parce que, au début, je n’étais pas très convaincu de le faire. Mais quand j’ai commencé à écrire, ce ne fut pas si difficile, car tout était dans ma tête, je me souvenais de beaucoup de moments de ma vie, je n’ai senti que quelques difficultés vers le milieu du livre parce que je ne savais plus comment continuer l’histoire, mais après, la facilité d’écriture est revenue.
Francesco Bogoni : Pourquoi avoir choisi le registre autobiographique pour le livre au lieu de la fiction ?
Giacomo Mazzariol : Le livre est un roman autobiographique, qu’est-ce que cela signifie ? Mon objectif fut de faire entendre/ressentir les émotions que j’ai entendues/ressenties au fil du temps. Une autobiographie raconte exactement ce qui s’est passé, un roman autobiographique préfère se concentrer sur le parcours psychologique. Alors, quelques scènes furent, bien sûr, inventées mais seulement quand il fut nécessaire d’expliquer mes vraies émotions. Par exemple, la scène qui nous décrit comme étant une famille, celle où tu es, ne s’est pas passée exactement comme elle est racontée, mais je me souviens que, de nombreuses fois, Giovani, dans cette période, avait la manie de s’amuser avec les dinosaures et ces fois-ci, quand il s’amusait, il n’était plus présent avec nous, il s’absentait. Ainsi, j’ai condensé ce souvenir avec d’autres anecdotes qui avaient eu lieu entre nous dans une unique scène, pour que le lecteur comprenne l’idée essentielle.
Francesco Bogoni : La rédaction de ce livre t’a-t-elle permise de mieux analyser les actes passés de ta vie ?
Giacomo Mazzariol : La rédaction du livre m’a fait revivre chaque moment que je décrivais, c’était comme revoir le film de ma propre vie. Le bon point était que le passé se mélangeait avec le présent, ou plutôt, les anecdotes que je vivais durant le jour étaient écrites dans le livre en s’adaptant à des situations dont je ne me souvenais pas très bien. Ce fut une grande expérience !
Avril 2017 (EDM pour la traduction)
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